Demissão por Justa Causa é um tipo de desligamento regido pelo artigo 482 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Esse tipo de demissão acontece quando o empregado adota conduta/comportamento ilegal ou imoral durante o exercício de seu trabalho.
Neste artigo, conheça os seus detalhes e saiba como impedir que sua empresa seja abatida por prejuízos trabalhistas e financeiros.
A demissão por justa causa acontece quando o empregado adota conduta/comportamento ilegal ou imoral durante o exercício de seu trabalho. Dentre os atos que se enquadram nessa definição encontram-se: maus hábitos, indisciplina, insubordinação, má fé, fraude, desonestidade, improbidade e abandono de emprego.
O artigo da CLT que rege esse tipo de desligamento é o 482.
Para se configurar como uma situação de demissão por justa causa, são necessários os seguintes requisitos:
Atualidade e imediatidade: a rescisão de contrato de trabalho por justa causa deve acontecer imediatamente após a infração do empregado, de modo que uma falta não rechaçada e ocorrida muito tempo antes deixa de ser válida como motivadora de desligamento na categoria em questão.
Causalidade: a má conduta do empregado deve ser a causa direta da extinção de seu contrato.
Vedação a dupla punição: a má conduta do empregado não pode ser punida duas vezes.
Ou seja: a demissão por justa causa precisa acontecer imediatamente (no mesmo dia da infração) e deve ser comunicada por escrito ao empregado. Além disso, a prova da correta aplicação de desligamentos desse tipo é da empresa, tornando indispensável que se tenha tudo documentado para eventuais auditorias.
É importante frisar que, por força da lei, indivíduos em estabilidade provisória de emprego — como gestantes, cipeiros, pessoas que sofreram acidente de trabalho, pessoas em serviço militar, pessoas em estabilidade convencionada, etc. — não podem ser desligados por justa causa.
A seguir, vamos falar sobre a burocracia da demissão por Justa Causa. Mas, se você está procurando uma solução para realizar os desligamentos de seus funcionários e evitar prejuízos trabalhistas e financeiros, fale com nossos consultores.
Dependendo de a qual sindicato o funcionário desligado por justa causa for vinculado, existem outros documento obrigatórios em sua rescisão, os quais podem ser referentes a adicional noturno, adicional de periculosidade, adicional de insalubridade, salário família, comissões, horas extras, dentre outros.
Situações nas quais o colaborador não quer assinar o Termo de Justa Causa são mais comuns do que se pode imaginar e se tornam uma “saia justa” para algumas empresas que não sabem como proceder frente ao fato.
Nesses casos, a empresa deve:
A homologação é a aprovação do desligamento por justa causa por parte do sindicato ao qual o colaborador é vinculado.
Para a homologação, o empregador deve comparecer ao sindicato e levar as cinco vias do Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho, a Carteira de Trabalho do funcionário, o extrato da conta vinculada do funcionário, o livro/ficha de registro de funcionários, a Guia de Recolhimento do FGTs do funcionário, e, se não for algum dos sócios da empresa a comparecer no sindicato, o profissional em questão deve portar uma procuração ou carta de preposto.
Não é incomum que o sindicato discorde do motivo que a empresa alega ter resultado em demissão por justa. Se isso se proceder, a empresa deve solicitar ao sindicato uma declaração do motivo da recusa e comparecer ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com todos os documentos acima para concretizar a homologação.
Se o sindicato se negar também a conceder essa declaração do motivo da recusa, cabe à empresa anotar essa questão nas quatro vias restantes do Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho, as quais serão entregues ao MTE.
Pode acontecer, ainda, de o MTE discordar da dispensa sem justa causa e também negar a homologação. Em casos assim, a empresa, para se resguardar contra alguma eventual ação fiscal referente ao processo, deve solicitar ao Ministério que anote uma ressalva nos termo de rescisão.
Para que a empresa alinhe suas diretrizes com os funcionários e se resguarde contra multas e processos trabalhistas, uma recomendação que fazemos é a criação de um manual de normas e políticas internas.
As regras devem ser bem clara e apresentadas ao todo colaborador quando ele é admitido. No manual devem constar itens como:
Gostou de saber como deve ocorrer a demissão por justa causa?
Para mais esclarecimentos, consulte seu departamento pessoal ou contador.
Agradecemos a visita!
Equipe VirtuAll Solutions